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Como montar um equipamento de pesca equilibrado

Como montar um equipamento de pesca equilibrado

Jum Tabata

Quando você vai escolher um equipamento de pesca, a primeira coisa que pensa é na libragem da vara? Essa é uma prática realmente muito comum. Mas, acredite, as libras da vara podem ser um dos últimos itens a serem observados. Pra entender o porquê, siga até o fim deste artigo. Ele vai te dar uma a visão bastante lógica e interessante sobre o que realmente importa.

Para entender esse jeito diferente de escolher o equipamento, nossa conversa é com um dos pescadores mais respeitados do país, o Instrutor Técnico da Shimano no Brasil, Jum Tabata.

Estratégia para ter um equipamento de pesca equilibrado

A estratégia que Jum utiliza é a mais tradicional no Japão.

Ele explica que “a primeira coisa que precisamos pensar é no peixe que queremos, claro, e a maneira como vamos pescá-lo”. Com essas informações, sabemos qual é a isca que vamos utilizar. Essa é a chave de tudo!

Pra gente acompanhar o raciocínio, Jum utiliza o exemplo da pesca de robalo com isca soft usada em conjunto com um jig head de 10 gramas.

O peso da isca e o equipamento de pesca

A primeira informação que precisamos checar na vara de pesca é o peso que ela está apta a arremessar. Normalmente, essa informação vem normalmente indicada pelas palavras lure ou casting weight, que significam respectivamente isca e peso de arremesso em inglês. A vara que ele escolhe mostra a inscrição ‘lure: 07 a 21g’.

O comprimento da vara de pesca

O segundo ponto é o tamanho da vara de pesca. Isso vai depender da distância de arremesso, da necessidade de sensibilidade e também do tipo de trabalho. Para definir esses itens, é necessário ter experiência já que esse tipo de informação não vem escrito em lugar nenhum. Mas é algo que a assessoria de sua loja de confiança pode resolver.

E Jum traz uma boa dica. Ele explica que varas mais longas facilitam o arremesso de iscas leves e alcançam maiores distâncias e ajudam na fisgada.

Então, se o objetivo é pescar com isca soft, percebemos que uma vara mais longa traz vantagens. E a escolha de Jum é uma vara de 6”6’ (1,98m).

O trabalho da isca

Seguimos então para o tipo de isca e de trabalho que nos indicam qual será a ação da vara. Para o jig head é necessário um equipamento de pesca com ação média-rápida ou rápida. Inclusive, essa ação vale para boa parte das iscas artificiais.

A libragem da vara no equipamento de pesca

Só agora é que a gente chega à libragem da vara. Mas essa não é uma escolha nossa. É que ao definir os itens anteriores, naturalmente o equipamento acaba se encaixando em uma classe de linha.
Toda vara de pesca tem a informação sobre a linha que ela deve utilizar. No equipamento escolhido por Jum, encontramos a seguinte indicação: line: 8-15lb.

Repetindo, essa informação se refere à classe de linha indicada pelo fabricante. Não tente pendurar 15 libras na ponta dessa vara. Não há garantia nenhuma de que ela vá suportar essa carga.

E ainda neste quesito, há um detalhe a ser considerado: os fabricantes normalmente definem a classe de linha com base em monofilamento. Quando isso não ocorre, ou seja, quando a especificação é para linhas de multifilamento ou “PE” (polietileno), isso vem descrito no blank.

Essa é uma informação importante porque, atualmente, temos linhas de multifilamento com libragens altas e espessuras pequenas se comparadas às de monofilamento. Então, temos que observar o diâmetro do fio e compará-lo a uma linha mono. É fácil perceber que, ao utilizar multifilamento, poderemos trabalhar com libragens maiores e ainda assim respeitando o diâmetro da linha indicada para a vara.

A carretilha ideal

E finalmente chegamos à carretilha e o molinete no equipamento de pesca. Eles sempre trazem a informação de capacidade de linha.

Ex: 20lb / 105m, 30lb / 96m, 40lb / 73m

Para ter um equipamento equilibrado, devemos escolher uma carretilha que seja compatível com o diâmetro da linha que vamos usar e com a quantidade que precisamos. Lembre-se de que as indicações na carretilha também se baseiam em linhas mono, a não ser pelos molinetes do tipo SW (saltwater), muitas vezes baseados na notação PE.

Muitos fabricantes, como a Shimano, usam uma numeração que indica o porte da carretilha. Do mais leve para o mais robusto, a numeração segue de 50 a 300 para modelos de baitcasting (arremesso). Isso considera não só o tamanho do corpo, como a capacidade de linha, o tamanho das engrenagens, a força de drag etc. No equipamento de pesca que a gente está citando neste texto, uma carretilha 70 a 100 é perfeita.

Pronto, tudo está definido para um equipamento equilibrado. Linha, vara, carretilha e… isca! E, como podemos observar, partimos do peixe e da forma de pescá-lo e conseguimos escolher todo o equipamento.

Equipamento de pesca para Tucunaré

Com a oportunidade de conversar com um nome de respeito na pesca, não pude deixar de pedir uma sugestão de equipamento bem equilibrado para meu peixe preferido, o tucunaré.

Pedi ao Jum que apresentasse suas especificações preferidas para a pesca em dois lugares distintos: na Amazônia e nas represas do sudeste. E seguindo a regra acima, a primeira coisa que ele definiu foi a isca a ser utilizada.
Para as represas do sudeste, o Instrutor Técnico da Shimano escolheu iscas soft com jig head bem leve, cerca de 3 gramas. O equipamento ficou assim:

Vara
Length 6’3”
Categoria: leve/médio-leve
-lure: 5-18 g
line weigth: 10lb
action: média-rápida

Linha
multifilamento 15lb

Carretilha
porte 50 a 70

E para o tucunaré açu, Jum escolheu a forma mais emocionante de fazer a pesca: com hélice. Essa isca chega a pesar 40g.

Vara
Length 6’0”
Categoria: Média-pesada ou pesada
Lure: 14-56 g
Line weigth: 25 a 40lb
Action: média rápida

Linha
multifilamento 30 a 50lb

Carretilha
150 a 200

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